A tireoide é a principal glândula para a saúde do corpo e mais de 750 milhões de pessoas no mundo são afetadas por doenças da tireoide, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Dessa maneira, estima-se que ao menos 1 em cada 10 pessoas terá problemas na tireoide em algum momento da vida.

Os estudos médicos indicam também que as mulheres são até cinco vezes mais propensas a desenvolver doenças da tireoide do que os homens, por questões relacionadas às características do organismo feminino e aos hormônios. 

Problemas de saúde da tireoide entre os brasileiros

De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), as doenças da tireoide afetam até 3% da população brasileira, sendo o hipotireoidismo a doença mais comum e com maior prevalência.

Dessa forma, os problemas da tireoide são a segunda causa mais comum de distúrbios endócrinos no mundo, atrás apenas do diabetes. No Brasil, as doenças da tireoide figuram entre as dez principais causas de internações por doenças endócrinas.

Os pesquisadores identificaram uma tendência de alta nas doenças da tireoide em todo o mundo nas últimas décadas, principalmente, devido ao envelhecimento da população e à crescente exposição a poluentes ambientais.

E o número de pessoas com doenças da tireoide deve continuar a crescer nos próximos anos, impulsionado pelo aumento da expectativa de vida, da urbanização e do estilo de vida inadequado.

A deficiência de iodo continua a ser uma das principais causas de disfunções tireoidianas em diversas regiões do mundo, especialmente em áreas onde a dieta não inclui sal iodado ou alimentos ricos em iodo.

Portanto, as doenças da tireoide representam um problema de saúde pública mundial, afetando milhões de pessoas e gerando impactos socioeconômicos consideráveis. 

Manter a saúde da tireoide é fundamental para garantir o bem-estar geral. Nesse contexto, os exames laboratoriais são fundamentais para diagnosticar precocemente qualquer problema na tireoide e garantir o tratamento adequado.

Quais são os fatores de risco para os problemas na tireoide?

Alguns fatores de risco aumentam a chance de uma pessoa desenvolver problemas na tireoide. Os principais incluem:

• Histórico familiar: pessoas com parentes próximos com doenças da tireoide apresentam maior predisposição para desenvolver problemas na glândula.
• Doenças autoimunes: problemas como diabetes tipo 1, vitiligo e alguns tipos de anemia aumentam o risco de problemas autoimunes da tireoide.
• Certas condições médicas: doenças crônicas como diabetes tipo 2 e distúrbios renais estão associadas a problemas da tireoide.
• Exposição à radiação: seja por meio de tratamentos médicos ou por razões profissionais, é um dos principais fatores que provoca distúrbios na glândula.
• Deficiência de iodo: o iodo é um mineral essencial para a produção dos hormônios tireoidianos. A falta da substância no organismo afeta a tireoide de forma significativa.
• Gênero: as mulheres são mais propensas a desenvolver problemas na tireoide do que os homens.
• Idade: o risco de doenças da tireoide aumenta com a idade, especialmente após os 60 anos.

Quais são os principais sintomas dos problemas na tireoide?

Os sintomas de problemas da tireoide podem variar de acordo com o tipo de doença e a gravidade da condição. No entanto, estes são os mais comuns:

• Fadiga.
• Aumento do peso.
• Pele seca. 
• Constipação. 
• Queda de cabelo.
• Alterações no ciclo menstrual.
• Intolerância ao frio ou ao calor.
• Depressão e dificuldade de concentração.
• Aumento do apetite. 
• Insônia e nervosismo. 
• Tremores nas mãos e sudorese excessiva. 
• Palpitações cardíacas.

Como prevenir os problemas da tireoide?

Embora alguns fatores de risco para problemas da tireoide tenham relação com histórico familiar e genética, existem medidas que podem ser adotadas para reduzir o risco de desenvolver doenças na glândula:

1. Manter uma dieta balanceada e rica em iodo: consumir alimentos como sal iodado, peixes, laticínios e ovos pode ajudar a garantir a ingestão adequada de iodo.
2. Controlar o peso: o excesso de peso pode aumentar o risco de desenvolver problemas na tireoide.
3. Gerenciar o estresse: o estresse crônico pode afetar a função da tireoide. Praticar técnicas de relaxamento, como ioga ou meditação, pode ajudar a controlar o estresse e reduzir os níveis de substância prejudiciais ao organismo.
4. Não fumar e moderar o consumo de bebidas alcoólicas: essas substâncias afetam o organismo e podem prejudicar as funções da tireoide.
5. Realizar consultas e exames preventivos: pessoas com histórico familiar de doenças da tireoide ou outros fatores de risco devem conversar com o médico endocrinologista sobre a necessidade de realizar exames preventivos.

Quais são os tipos de doenças que afetam a tireoide?

O hipotireoidismo e o hipertireoidismo são os problemas de saúde mais comuns que atingem a tireoide, principal glândula para a saúde do corpo. Confira mais informações:

Hipotireoidismo: ocorre quando a tireoide produz menos hormônios do que o necessário. Os sintomas incluem fadiga, aumento do peso, pele seca e fria, constipação, queda de cabelo, alterações no ciclo menstrual, intolerância ao frio, depressão e dificuldade de concentração.

Hipertireoidismo: caracteriza-se pelo excesso de hormônios produzidos. Os sintomas incluem perda de peso, aumento do apetite, insônia, nervosismo, tremores, sudorese excessiva, intolerância ao calor, palpitações cardíacas e alterações no ciclo menstrual.

Tireoidite: inflamação da tireoide que pode ser causada por diversos fatores, como doenças autoimunes, infecções ou deficiência de iodo. Os sintomas mais comuns são dor ou desconforto no pescoço, fadiga, febre e alterações nos níveis hormonais da tireoide.

Bócio: aumento anormal do tamanho da tireoide, geralmente causado por deficiência de iodo ou doenças autoimunes. O bócio pode ser assintomático ou apresentar sintomas como sensação de aperto no pescoço, dificuldade para engolir ou respirar e rouquidão.

Câncer de Tireoide: crescimento anormal e descontrolado das células, que pode ser benigno ou maligno. Os sintomas podem incluir nódulo na tireoide, aumento dos gânglios linfáticos no pescoço, rouquidão, dificuldade para engolir ou respirar e dor no pescoço.

Como tratar as doenças da tireoide?

O tratamento padrão para o hipotireoidismo é a reposição hormonal com levotiroxina, um hormônio sintético que substitui o T4 (tiroxina) produzido pela tireoide. A dosagem é ajustada conforme a necessidade do paciente e monitorada por meio de exames laboratoriais.

Já o tratamento do hipertireoidismo pode incluir:

1. Medicamentos Antitireoidianos: como metimazol ou propiltiouracil, que reduzem a produção de hormônios tireoidianos.
2. Iodo Radioativo: utilizado para destruir células tireoidianas hiperativas.
3. Cirurgia: em casos graves, pode ser necessária a remoção parcial ou total da tireoide.

Exames Laboratoriais para Diagnóstico

O diagnóstico de problemas na tireoide é realizado por meio de exames laboratoriais específicos que avaliam os níveis hormonais e a presença de anticorpos.

Principais exames laboratoriais para avaliar o funcionamento da tireoide

Os exames laboratoriais são ferramentas essenciais para o diagnóstico e acompanhamento de doenças da tireoide. Veja quais são os principais:

1. TSH (hormônio tireoidiano estimulante): o TSH serve como um indicador do nível de atividade da tireoide. Taxas altas de TSH podem indicar hipotireoidismo, enquanto níveis baixos apontam para o hipertireoidismo.

2. T4 livre (tiroxina livre): o T4 livre é a forma ativa do hormônio T4 circulante no sangue e o principal responsável pelos efeitos dos hormônios tireoidianos no organismo. A avaliação do T4 livre auxilia no diagnóstico de hipotireoidismo e hipertireoidismo, juntamente com o TSH.

3. T3 livre (triiodotironina livre): o T3 livre é a forma mais potente do hormônio tireoidiano, mas representa apenas uma pequena parte do T3 total circulante no sangue. A dosagem do T3 livre costuma ser solicitada também pelos médicos endocrinologistas.

4. Anticorpos antitireoidianos: a presença de certos anticorpos no sangue pode indicar doenças autoimunes da tireoide, como a tireoidite de Hashimoto e a doença de Graves. Alguns dos principais anticorpos investigados incluem o anti-TPO e o anti-TG.

Outros exames complementares

• Ultrassonografia da tireoide: permite visualizar a glândula tireoide, identificando alterações em seu tamanho, forma e presença de nódulos.
• Cintilografia da tireoide: esse exame utiliza um material radioativo para avaliar a função de diferentes áreas da glândula tireoide.
• Biópsia por agulha fina (PAAF): a PAAF é um procedimento minimamente invasivo utilizado para a coleta de amostras de tecido tireoidiano, que posteriormente são analisadas ao microscópio para auxiliar no diagnóstico de nódulos suspeitos.

Além de outros exames hormonais para a saúde feminina, mencionados neste post do Blog do Check Up Lab.

Tireoide principal glândula para saúde do corpo, bem-estar e qualidade de vida

A tireoide desempenha papel fundamental na regulação de diversas funções metabólicas do organismo. 

Por isso, ficar atento aos sinais e sintomas que podem indicar disfunções tireoidianas, adotar hábitos saudáveis e realizar exames preventivos são medidas fundamentais para a manutenção da saúde da tireoide.

Os exames laboratoriais, como a dosagem de TSH, T4 livre e T3 livre, são ferramentas diagnósticas importantes e minimamente invasivas que auxiliam os médicos na detecção precoce de problemas, possibilitando o início do tratamento adequado quando necessário.

Se você tiver algum dos sintomas relacionados às doenças na tireoide, é importante consultar um médico endocrinologista e realizar exames laboratoriais o mais rápido possível.

Para ter uma vida com mais bem-estar e com menos risco de desenvolver doenças que afetam a tireoide, lembre-se de que é preciso cuidar bem da saúde com avaliações e exames laboratoriais regulares, além de adotar hábitos saudáveis.

No Check Up Lab, você tem à disposição um ambiente seguro, confortável e preciso para monitorar a saúde da tireoide por meio de exames laboratoriais preventivos e de rotina.

Consulte mais informações sobre os exames disponíveis e agende a coleta com o atendimento pelo WhatsApp. Lembre-se que você pode realizar os exames também na sua casa ou no seu trabalho.

Se você quer saber mais informações sobre algum serviço, abaixo estão os contatos à sua disposição:

• Central de Atendimento: (92) 2125-5959
• WhatsApp: (92) 99116-6003 (exclusivo para exames laboratoriais)
• WhatsApp: (92) 99116-6045 (serviços de consultas e exames médicos)
• Telefone da Emergência: (92) 2125-5999

Referências:

Ministério da Saúde: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/maio/informacao-e-conscientizacao-ministerio-da-saude-alerta-sobre-alteracoes-na-tireoide 
Sociedade Brasileira de Patologia: https://www.sbp.org.br/manual-de-laudos-histopatologicos/tireoide-neoplasias/