De acordo com dados do Ministério da Saúde e do Unaids, o programa da ONU para combater a Aids em todo o mundo, o número de novos casos anuais da doença no Brasil gira em torno de 35 mil a 40 mil desde 2016.
A aids é a manifestação clínica da infecção pelo HIV e leva, em média, 8 anos para se manifestar, em casos cujo paciente não recebe o diagnóstico correto e não realiza o tratamento adequado.
Os Estados Unidos, o Haiti e alguns países da África Central registraram os primeiros casos de infecção por HIV entre 1977 e 1978. No Brasil, o primeiro caso confirmado ocorreu em São Paulo, em 1980 e já contabilizou mais de 313 mil mortes pela doença desde o início da epidemia, nos anos 1980, sendo aproximadamente 11 mil registradas em 2022. Atualmente, cerca de 1 milhão de brasileiros vivem com HIV, sendo que 15% não recebem o tratamento adequado.
No Brasil, a doença afeta, principalmente, pessoas com ensino médio completo. Nos últimos dez anos, mais de 52 mil jovens de 15 a 24 anos infectados pelo HIV evoluíram para Aids devido à falta de tratamento adequado.
Embora os níveis de infecção pelo HIV sejam considerados estabilizados no Brasil, ainda permanecem em níveis elevados quando comparados a outros países, sobretudo, em relação às nações da Europa Ocidental.
Importância da conscientização sobre o HIV e a Aids
Atualmente, a infecção por HIV é considerada uma condição crônica que pode ser controlada por meio do diagnóstico correto e do tratamento adequado, permitindo que os pacientes tenham longevidade e qualidade de vida, além de evitar a transmissão sexual.
Por isso, os exames laboratoriais que detectam a infecção por HIV, além dos que são utilizados para acompanhar o tratamento, têm papel fundamental para manter a qualidade de vida do paciente e evitar a disseminação do vírus.
O Dezembro Vermelho reforça a importância de conscientizar a população sobre os fatores de risco e as medidas preventivas que impedem a infecção pela Aids, além de disponibilizar meios de diagnóstico e o tratamento necessário aos pacientes.
Convivência com o HIV
A ONU definiu a meta de acabar com a Aids como uma ameaça à saúde pública global até 2030. No mundo, uma vida é perdida por consequência da doença a cada 1 minuto, segundo levantamento do Unaids.
Vale destacar que viver com o HIV não implica automaticamente na progressão para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), desde que o paciente tenha sido diagnosticado por meio de exames laboratoriais e realize o tratamento correto.
Quanto mais cedo ocorrer a detecção e a confirmação da infecção por HIV, maiores as chances de o paciente manter sua qualidade de vida e bem-estar, evitar a disseminação do vírus e elevar a própria expectativa de vida de forma significativa.
Portanto, os exames laboratoriais são imprescindíveis para que o paciente saiba que está infectado pelo HIV, inicie o tratamento e evite a disseminação da doença.
Quais são os principais exames laboratoriais para detecção da Aids?
Os exames laboratoriais mais importantes e disponíveis para o diagnosticar, acompanhar o tratamento e controlar a infecção por HIV:
1. HIV 1 e HIV 2 – Pesquisa de Antígenos e Anticorpos
O exame identifica se o paciente teve contato com alguma das variantes do HIV. É indicado para quem passou por situações de risco, como relação sexual sem proteção.
2. HIV Anticorpos Anti – Pesquisa (Western Blot)
Esse exame confirma o diagnóstico da infecção por HIV, após as análises anteriores indicarem a infecção pelo vírus.
3. HIV – PCR Quantitativo em Tempo Real (Carga Viral)
Usado para quantificar a carga de HIV no sangue. Dessa maneira, é possível estimar em quanto tempo a infecção pode progredir para a Aids.
4. HIV Qualitativo por PCR
É considerado o método mais sensível para a descoberta da infecção pelo HIV, por detectar a presença de sequências do material genético do vírus no sangue do paciente.
5. HIV Genotipagem
Detecta mutações genéticas do HIV 1 (variante mais comum), associadas à resistência aos antirretrovirais, possibilitando ajustes no tratamento do paciente para evitar o descontrole da carga viral no sangue do paciente.
Do total de casos de Aids no Brasil, mais de 80% estão concentrados nas regiões Sudeste e Sul, de acordo com dados do Datasus.
Quantas pessoas estão infectadas pelo HIV no mundo?
Infelizmente, não há cura para a infecção pelo HIV, porém, medicamentos antirretrovirais eficazes podem controlar o vírus e ajudar a prevenir a transmissão para outras pessoas.
O Dezembro Vermelho representa uma oportunidade para apoiar as pessoas envolvidas no enfrentamento à doença e melhorar a compreensão do impacto causado pelo vírus HIV como um problema de saúde pública global.
No mundo, quase 40 milhões de pessoas estão infectadas pelo HIV. Entre esses pacientes, cerca de 30 milhões recebem o tratamento adequado com antirretrovirais para prevenir a disseminação da doença e manter a carga viral sob controle.
Em 2022, ao menos 1,3 milhão de indivíduos foram infectados globalmente e a doença provocou cerca de 630 mil mortes. Entre os pacientes, em média, mais de 95% são adultos e 86% sabem que têm a doença.
Desde o início da epidemia de Aids, nos anos 1980, mais de 85 milhões de pessoas foram infectadas e 40 milhões morreram por conta da evolução da doença.
Quais são os principais sintomas da infecção por HIV e da Aids?
Em muitos casos, o paciente fica diversos anos sem manifestar qualquer tipo de sintoma. Por isso, somente os exames laboratoriais, principalmente para pessoas que passaram por situações de risco, é fundamental para o diagnóstico da doença.
Os principais sintomas incluem:
- Febre constante.
- Manchas na pele.
- Ínguas (inchaço de glândulas) no pescoço, axilas ou virilhas.
- Calafrios.
- Dor de cabeça.
- Dor de garganta.
- Dores musculares.
Quando não há tratamento, o HIV compromete todo o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças, o que ocasiona diversos problemas crônicos e facilita a infecção por tuberculose, toxoplasmose, pneumonia, meningite, entre outras.
Quais são os fatores de risco e transmissão da Aids?
Os fatores de risco para o HIV/Aids envolvem comportamentos e circunstâncias que aumentam a probabilidade de contrair o vírus. É importante reconhecer esses fatores para adotar medidas preventivas adequadas.
Alguns dos principais fatores de risco envolvem:
- Relações sexuais sem proteção: ter relações sexuais heterossexuais e homossexuais sem o uso de preservativos, especialmente com parceiros cujo histórico sorológico é desconhecido ou positivo para o HIV.
- Compartilhamento de objetos cortantes: o uso compartilhado de alicates de unha, aparelhos de barbear, agulhas e seringas, especialmente no contexto de uso de drogas injetáveis, representa um grande risco de transmissão.
- Transmissão vertical: a transmissão do vírus da mãe para o filho durante a gravidez, parto ou amamentação pode ocorrer, apesar de o Brasil ter adotado diversas medidas para prevenir esse tipo de transmissão.
- Transfusão de sangue e compostos sanguíneos contaminados: antes dos procedimentos de triagem modernos, a transfusão de sangue ou o uso de compostos sanguíneos contaminados representavam um risco significativo de infecção pelo HIV.
- Exposição profissional: profissionais de saúde que entram em contato com sangue ou fluidos corporais sem utilizar as medidas de proteção indicadas, como luvas ou máscaras, ficam expostos ao vírus HIV e podem estar em risco.
- Múltiplos parceiros sexuais: ter múltiplos parceiros sexuais aumenta o risco, principalmente, se não houver uso frequente e contínuo de preservativos.
- Doenças Sexualmente Transmissíveis: o diagnóstico de outras DSTs pode aumentar o risco imunológico de contrair ou transmitir o HIV.
- Condições sociais e econômicas: desigualdades sociais, pobreza e falta de acesso a cuidados de saúde contribuem para a disseminação do HIV.
- Fatores culturais e comportamentais: costumes culturais que envolvam práticas sexuais sem o uso de preservativos e comportamentos de risco facilitam a propagação do HIV.
- Idade: os jovens, sobretudo aqueles que estão iniciando a vida sexual, podem estar em maior risco devido à falta de conhecimento sobre práticas seguras e ao comportamento de risco.
Como prevenir a Aids?
Usar preservativos em todas as relações sexuais é a maneira mais segura, eficaz e de baixo custo para evitar o contágio ou a transmissão da doença, além de prevenir outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).
Para pessoas que possam ter sido expostas às situações de risco, existe uma medida de prevenção de urgência chamada de Profilaxia Pós-Exposição (PEP), que consiste no uso de um remédio preventivo.
O medicamento precisa ser ingerido de preferência nas primeiras 2 horas após a exposição e, no máximo, em até 72 horas. A duração da PEP é de 28 dias e a pessoa deve ser acompanhada por profissionais de saúde.
No caso da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), para pessoas que irão se expor a situações de risco para o contágio por HIV, há uma combinação de dois medicamentos antirretrovirais, similares aos usados no tratamento de pacientes, que previnem em 90% a infecção.
É importante lembrar que a infecção latente pelo HIV, ou seja, o período em que o paciente está infectado mas os exames laboratoriais não identificam, pode chegar a até 30 dias.
Além disso, outras formas de prevenção são não compartilhar seringas e agulhas, realizar exames de rastreamento sempre que houver uma situação de risco, evitar múltiplos parceiros sexuais e sempre manter-se informado sobre o tema.
Como é o tratamento para pessoas infectadas pelo HIV?
Os medicamentos antirretrovirais (ARV) foram desenvolvidos na década de 1980 com o propósito de interromper a replicação do HIV no organismo. Essas substâncias desempenham um papel crucial para evitar que a infecção progrida para a Aids.
Dessa forma, a utilização consistente dos medicamentos é essencial para prolongar a qualidade de vida e a longevidade dos pacientes, além de reduzir significativamente o número de hospitalizações e infecções por outras doenças.
Os pacientes que têm o diagnóstico correto e realizam o tratamento indicado possuem uma boa condição de saúde, comparável à de indivíduos que não têm o vírus.
O tratamento não apenas melhora a qualidade de vida, mas também contribui significativamente para garantir boas condições de saúde e bem-estar geral às pessoas portadoras do HIV, além de evitar a transmissão do vírus.
Registros recentes
O Brasil registrou queda de 24,6% na taxa de mortalidade da Aids nos últimos 10 anos, passando de 5,6 para 4,2 mortes para cada 100 mil habitantes.
No Brasil, 19% das pessoas com HIV ainda não iniciaram o tratamento, totalizando 190 mil pacientes.
Caso tenha passado por uma situação de risco, realize os exames laboratoriais de detecção do HIV para estar seguro sobre as suas condições de saúde. Além disso, faça check-ups médicos regulares para manter sua qualidade de vida e bem-estar.
No Check Up Lab, você tem à disposição um ambiente seguro, confortável e com discrição para monitorar as suas condições de saúde de forma precisa, confiável e prática.
Consulte mais informações sobre os exames disponíveis e agende a coleta com o atendimento pelo WhatsApp. Lembre-se que você pode realizar os exames também na sua casa ou no seu trabalho.
Se você quer saber mais informações sobre algum serviço, abaixo estão os contatos à sua disposição:
- Central de Atendimento: (92) 2125-5959
- WhatsApp: (92) 99116-6003 (exclusivo para exames laboratoriais)
- WhatsApp: (92) 99116-6045 (serviços de consultas e exames médicos)
- Telefone da Emergência: (92) 2125-5999
Referências:
Agência Brasil: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2023-11/hiv-brasil-cumpre-meta-de-pessoas-em-tratamento-antirretroviral
Ministério da Saúde:
Unaids: https://unaids.org.br/estatisticas/
Ministério da Saúde: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2023/fevereiro/mais-de-52-mil-jovens-de-15-a-24-anos-com-hiv-evoluiram-para-aids-nos-ultimos-dez-anos
http://indicadores.aids.gov.br/
Organização Pan-Americana de Saúde: https://www.paho.org/pt/topicos/hivaids