O ritmo acelerado da vida moderna pode resultar em cuidados menores com a saúde. A correria do dia a dia exige refeições rápidas, diminui o tempo disponível para realizar atividades físicas e cria cenários favoráveis para situações estressantes.
E você sabe quais são as consequências disso para a sua saúde e de grande parte da população?
Uma das mais graves e preocupantes é o aumento da prevalência de doenças cardiovasculares, consideradas a principal causa de morte no Brasil e no mundo. E nesse ponto, o colesterol alto pode ser apontado como um dos grandes vilões.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, 4 em cada 10 brasileiros possuem níveis desregulados de colesterol, um dos principais fatores de risco para o surgimento de problemas cardíacos. Essa proporção supera a registrada nos EUA.
O Dia Nacional de Combate ao Colesterol, celebrado no último dia 8, alerta a população sobre os riscos do colesterol alto para a saúde, além da importância do diagnóstico precoce para evitar que esse problema de saúde prejudique sua qualidade de vida e seu bem-estar.
Nesse sentido, os exames laboratoriais que medem os níveis de colesterol têm uma importância enorme para o diagnóstico precoce de uma possível anormalidade no organismo, permitindo que o paciente realize um tratamento preventivo.
Portanto, com o aumento dos registros de doenças cardiovasculares, é fundamental compreender o que é o colesterol, quais são os fatores de risco para os níveis altos da substância e como controlá-lo para ter uma vida mais saudável.
Cenário no Brasil
Um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde mostrou que 20% dos adolescentes brasileiros de 12 a 17 anos também possuem taxas elevadas de colesterol. Geralmente, o colesterol alto manifesta sintomas somente quando já está provocando doenças cardíacas.
Outra pesquisa, da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), mostrou que apenas 35% das pessoas sabem que o colesterol alto é um fator de risco para doenças cardíacas.
Esse mesmo estudo indicou ainda que 20% afirmaram nunca ter feito exames para verificar as taxas de colesterol; outros 35% realizaram a análise há mais de 1 ano; e apenas 45% foram submetidos aos testes laboratoriais no período recomendado.
O problema de colesterol alto é chamado de dislipidemia, que significa a elevação anormal dos níveis de gorduras no sangue. A doença está associada a diversas complicações, como acúmulo de placas de gordura nas veias e artérias, infarto e AVC.
Por isso, é fundamental que as pessoas realizem anualmente os exames laboratoriais para monitorar as taxas de colesterol. Para quem pertence aos grupos de risco, as análises devem ser feitas duas vezes ao ano.
Fatores de risco
Os principais fatores de risco relacionados ao descontrole dos níveis de colesterol são:
- Sedentarismo.
- Tabagismo.
- Alcoolismo.
- Histórico familiar.
- Fatores genéticos.
- Doenças cardiovasculares.
- Obesidade.
- Má alimentação.
As doenças relacionadas ao desequilíbrio hormonal, como o hipotireodismo, aos rins e ao fígado também podem influenciar o descontrole das taxas de colesterol no sangue. Inclusive a menopausa pode elevar os níveis de colesterol das mulheres.
Por fim, medicamentos com corticóides, tamoxifeno, estrógeno, testosterona e remédios que combatem o HIV também aumentam os níveis da substância no organismo.
Afinal, o que é o colesterol?
O colesterol é uma substância lipídica, ou seja, gordurosa, naturalmente produzida pelo corpo humano. Ele desempenha papéis essenciais na formação de membranas celulares, síntese de hormônios e produção de vitamina D.
Além disso, o colesterol participa da composição dos ácidos biliares, que são substâncias que atuam na digestão, além de atuar na eliminação de gorduras da corrente sanguínea. Ele está presente nos nervos, coração, intestino, músculos, fígado e outras estruturas.
O colesterol é formado por lipoproteínas, sendo as principais o HDL (lipoproteína de alta densidade) e o LDL (lipoproteína de baixa densidade).
O HDL é considerado o colesterol “bom”. Já o LDL, o colesterol “ruim” – esse último que tem relação com doenças cardiovasculares e outros problemas de saúde.
Além desses, há também o Colesterol VLDL (lipoproteínas de muita baixa densidade), que também transporta gorduras pela corrente sanguínea e é chamado de “colesterol total”. Essa fração da substância está diretamente ligada à dieta habitual do paciente.
LDL x HDL
O colesterol LDL, em excesso, pode se depositar nas paredes das artérias, formando placas de gordura – chamadas de aterosclerose – que aumentam o risco de obstrução e, consequentemente, podem levar a quadros graves como infarto e AVC.
Outra complicação de saúde que pode ocorrer é a doença arterial obstrutiva periférica (obstrução de uma artéria que passa pelas pernas), que pode causar até mesmo a amputação dos membros.
Dessa maneira, o LDL é conhecido como “colesterol ruim” e seu nível deve ser mantido baixo.
Por outro lado, o colesterol HDL retira as moléculas de colesterol ruim do organismo para serem eliminadas pelo fígado. Então, como ele ajuda a evitar a obstrução das artérias, é conhecido como “colesterol bom” e seu nível deve ser mais elevado.
Estudos recentes demonstram que os níveis baixos do colesterol LDL (o “ruim”) não trazem riscos significativos para a saúde. Entretanto, taxas baixas do colesterol HDL (o “bom”) estão associadas à maior incidência de doenças cardiovasculares.
Quais são os sintomas das taxas desreguladas de colesterol?
Por muitas vezes, os níveis elevados de colesterol são assintomáticos e causam sintomas somente quando já estão prejudicando a saúde cardiovascular do paciente de forma significativa.
Entre os principais sintomas, vale citar:
- Falta de ar.
- Queda dos pelos da perna.
- Dores nas pernas ao caminhar.
- Inchaço dos pés e das pernas.
- Pele fria.
- Palidez nos dedos.
- Fadiga anormal durante os exercícios físicos.
- Dor ou desconforto no peito.
- Palpitações.
- Dores de cabeça.
- Inchaço abdominal.
- Hipertensão.
Como prevenir o desequilíbrio do colesterol?
Para diminuir os níveis do colesterol LDL e proteger a saúde cardiovascular, é essencial adotar uma série de hábitos saudáveis. Um exemplo é a melhora na alimentação e a prática regular de exercícios físicos, já que manter o peso corporal adequado previne o problema.
É preciso reduzir o consumo de gorduras saturadas e trans, e priorizar as fibras, como frutas, verduras, legumes e grãos integrais. Nesse sentido, buscar orientação com nutricionistas e profissionais de saúde representa um diferencial para o seu bem-estar.
Cerca de 30% do colesterol é adquirido por meio da alimentação, por isso, além de evitar os fatores de risco, é preciso focar em um cardápio semanal orientado especificamente por um nutricionista. O restante do colesterol (70%) é produzido no fígado.
Dessa maneira, os nutricionistas podem oferecer orientações detalhadas sobre como escolher os alimentos certos, monitorar a ingestão de gorduras e implementar mudanças positivas na dieta diária.
Já as atividades físicas regulares aumentam os níveis do colesterol HDL e provocam efeitos benéficos em relação ao colesterol LDL. A Organização Mundial da Saúde recomenda pelo menos 150 minutos de exercícios de intensidade moderada por semana para os adultos.
Outros hábitos importantes são a moderação no consumo de bebidas alcoólicas, não fumar, manter-se hidratado e dormir bem, já que o sono regula todos os processos metabólicos do organismo.
Por último, é fundamental realizar exames laboratoriais periódicos para monitorar os níveis de colesterol no sangue, especialmente para pessoas do grupo de risco, e realizar consultas médicas regulares.
Quais exames laboratoriais são recomendados para o controle do colesterol?
Se houver histórico familiar de colesterol alto, doença cardíaca precoce na família, diabetes, ou sinais físicos de desequilíbrios no organismo, deve-se fazer o exame a partir dos 2 anos de idade e duas vezes ao ano.
Além disso, as pessoas que possuem sobrepeso, têm uma alimentação desregulada, com consumo excessivo de alimentos gordurosos, e são sedentárias devem ter ainda mais atenção e disciplina para realizar os exames de acordo com a indicação médica.
Os diabético apresentam de três a quatros vezes mais ricos do que as pessoas não-diabéticas de desenvolver doenças cardiovasculares por causa das taxas desreguladas de colesterol.
Os médicos (clínicos-gerais, cardiologistas e endocrinologistas) costumam solicitar os seguintes exames para avaliar o colesterol dos pacientes:
- Colesterol LDL.
- Colesterol HDL.
- Colesterol VLDL Total.
Recomenda-se que, nos dias anteriores ao exame, o paciente esteja com um estado de saúde bom, mantenha o padrão alimentar e não consuma bebidas alcoólicas.
O jejum de pelo menos 8 horas é recomendado para os adultos no dia do exame e os tabagistas não devem fumar antes da coleta das análises laboratoriais.
Quais são os níveis recomendados de colesterol?
| Valores em mg/dl | Colesterol total | LDL (colesterol ruim) | HDL (colesterol bom) |
| Ideal | Menor que 200 | Menor que 100 | Maior que 50 |
| Superior | Entre 200 e 240 | Entre 100 e 160 | Entre 35 e 49 |
| Indesejável | Maior que 240 | Maior que 160 | Menor que 35 |
Dicas de alimentação para diminuir as taxas do colesterol ruim
Primeiramente, é preciso diminuir a ingestão de carne vermelha e ovos, além de evitar alimentos industrializados, ultraprocessados e refinados. Reduza o leite e seus derivados, evite o consumo de álcool e suspenda o consumo de embutidos, como salame e presunto.
As gorduras mais saudáveis para o organismo podem ser encontradas em abacates, nozes e peixes ricos em ômega-3, como o salmão e o atum.
Outros alimentos benéficos são:
- Grãos, leguminosas, castanhas, soja e nozes.
- Ameixa, abacate, maçã, caju e outras frutas.
- Alimentos ricos em fibras, como aveia, legumes e verduras.
- Berinjela e linhaça.
Como é feito o tratamento para o colesterol alto?
Mudar o estilo de vida, investir em uma reeducação alimentar e adotar hábitos saudáveis são o primeiro passo para o tratamento.
A realização de exames laboratoriais e consultas regulares com médicos e nutricionistas torna-se fundamental no controle do colesterol.
Lembre-se que o desequilíbrio do colesterol, além de causar problemas cardiovasculares, pode desencadear a chamada doença hepática gordurosa não alcoólica, quadro benigno que pode evoluir para doenças inflamatórias, cirrose e até câncer.
Em situações mais graves, além do uso de medicações específicas, o paciente pode ser submetido a cirurgias e tratamentos relacionados a órgãos específicos que ficaram danificados pelo desequilíbrio no colesterol.
Fazer check-ups regulares e exames de rotina, acompanhados de escolhas saudáveis, é um investimento fundamental para atingir uma vida plena. Os exames laboratoriais desempenham um papel crucial na prevenção e no diagnóstico precoce.
Além do colesterol, outros marcadores como pressão arterial, glicemia e função renal fornecem informações valiosas sobre a saúde do seu corpo. Esses exames permitem a detecção de alterações assintomáticas antes que evoluam para condições mais graves.
Mantenha sua qualidade de vida e o seu bem-estar para ter tranquilidade no dia a dia.
No Check Up Lab, você tem à disposição um ambiente seguro e confortável para monitorar suas taxas de colesterol. Consulte mais informações sobre os exames disponíveis e agende a coleta com o atendimento pelo WhatsApp.
Se você quer saber mais informações sobre algum serviço, abaixo estão os contatos à sua disposição:
- Central de Atendimento: (92) 2125-5959
- WhatsApp: (92) 99116-6003 (exclusivo para exames laboratoriais)
- WhatsApp: (92) 99116-6045 (serviços de consultas e exames médicos)
- Telefone da Emergência: (92) 2125-5999
Referências:
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares: https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-nordeste/hu-ufpi/comunicacao/noticias/colesterol-alto-um-perigo-silencioso
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