As alergias são uma preocupação crescente no Brasil e no mundo, afetando milhões de pessoas de todas as idades, desde recém-nascidos até idosos. Em casos de reações severas, as alergias e os riscos para a saúde podem causar complicações graves.
Estudos indicam que cerca de 30% da população brasileira sofre de algum tipo de alergia. As mais comuns incluem rinite alérgica, asma, dermatite e alergias alimentares. A taxa registrada no Brasil é similar à média mundial, de acordo com a OMS.
Os registros de casos de alergia têm aumentado nas últimas décadas, como consequência de dietas inadequadas, alto consumo de produtos industrializados, urbanização, poluição do ar e estilo de vida sedentário.
Por isso, compreender a extensão e os impactos das alergias é crucial para desenvolver estratégias eficazes de prevenção, diagnóstico e tratamento.
Registros mais comuns de alergia no Brasil
A rinite alérgica é uma das condições alérgicas mais frequentes no Brasil, afetando aproximadamente 20% das crianças e 15% dos adultos.
Já em relação à asma, estima-se que 10% da população brasileira sofra com a doença, que possui maior incidência entre crianças e adolescentes. A asma alérgica é uma das principais causas de hospitalização entre jovens no Brasil.
A incidência de alergias alimentares no Brasil é semelhante à de outros países, afetando cerca de 6% das crianças e 3% dos adultos. Os alérgenos alimentares mais comuns incluem leite, ovos, amendoim, nozes, trigo, soja e frutos do mar.
Por último, a dermatite atópica atinge cerca de 10% das crianças brasileiras e pode persistir na idade adulta. É caracterizada por coceira intensa e inflamação da pele.
Alergias crônicas, como asma e dermatite atópica, prejudicam significativamente a qualidade de vida dos pacientes, causando desconforto físico e impacto emocional, especialmente em crianças.
O que é alergia?
As alergias são reações anormais do sistema imunológico a substâncias inofensivas para muitas pessoas, chamadas alérgenos. Essa hipersensibilidade causa diversos sintomas e afeta a qualidade de vida de milhões de pessoas de todas as idades.
As reações alérgicas ocorrem quando o sistema imunológico, em um erro de interpretação, identifica substâncias inofensivas como ameaças ao organismo. Isso gera sintomas típicos das alergias, como coceira, espirros, coriza, urticária e até mesmo dificuldade para respirar.
Esse processo inflamatório crônico pode causar complicações graves de saúde, quando não diagnosticado e tratado corretamente.
Quais são os principais sintomas das alergias?
Os sintomas das alergias variam de acordo com a pessoa e o alérgeno em questão. Alguns dos mais comuns incluem:
- Rinite: coceira, espirros frequentes, coriza, congestão nasal e obstrução das vias aéreas.
- Conjuntivite: coceira, vermelhidão, lacrimejamento e inchaço nos olhos.
- Dermatite: coceira, vermelhidão, urticária, inchaço e erupções cutâneas.
- Asma: dificuldade para respirar, chiado no peito, tosse e aperto no peito.
- Reações alimentares: náuseas, vômitos, diarreia, cólicas abdominais e, em casos graves, inchaço da garganta e dificuldade para respirar.
- Em crianças de até três anos, prevalecem reações cutâneas e alimentares, causadas por clara de ovo, trigo e oleaginosas. Entre três e sete anos, alergias respiratórias, como asma, são mais comuns.
- Já na adolescência e na fase adulta, a rinite alérgica é frequente, causada por poeira e pêlos de animais.
- Em alguns casos raros, as alergias podem evoluir para quadros mais graves, como a anafilaxia, uma reação alérgica severa que pode ser fatal.
- Outros sintomas associados são febre, sangramentos, fraqueza e indisposição.
Por isso, o atendimento médico de emergência é crucial em casos de sintomas severos.
Quais são as causas das alergias?
As causas exatas das alergias ainda não são totalmente compreendidas, mas diversos fatores contribuem para o seu desenvolvimento, incluindo:
- Genética: a predisposição genética é um fator importante, com maior risco para quem possui familiares com alergias.
- Exposição precoce a alérgenos: o contato frequente com alérgenos durante a infância, especialmente nos primeiros anos de vida, aumenta o risco de desenvolver alergias.
- Sistema imunológico: pessoas com um sistema imunológico mais sensível podem ter maior propensão a desenvolver alergias.
- Fatores ambientais: a poluição do ar, o tabagismo e o uso excessivo de antibióticos podem contribuir para o desenvolvimento de alergias.
- Intolerância do organismo a certos tipos de substâncias, como lactose e glúten.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico das alergias é feito por meio de consultas médicas regulares com especialistas, que inclui avaliação dos sintomas, histórico familiar e testes específicos. Os testes mais comuns são:
- Exames laboratoriais: medem os níveis de anticorpos IgE, que indicam uma condição alérgica crônica, além de análises específicas para cada alérgeno.
- Teste de pele: pequenas quantidades de alérgenos são injetadas na pele e a reação é observada, quando há suspeita e histórico pessoal de reações alérgicas (não realizado no Check Up Lab).
Embora não exista cura definitiva para as alergias, há diversos tratamentos eficazes para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Como é o tratamento?
As opções mais comuns de tratamento incluem:
– Medicação: anti-histamínicos, descongestionantes, corticoides e medicamentos modificadores de leucotrienos podem ser usados para aliviar os sintomas.
– Medicamentos para combater os sintomas das alergias, como os descongestionantes nasais, pomadas para a pele, antitérmicos e os que diminuem a coriza. Busque orientação médica e não pratique automedicação.
– Imunoterapia: também conhecida como vacina contra alergia, esse tratamento expõe o corpo gradualmente ao alérgeno que causa reações alérgicas, tornando o sistema imunológico menos sensível e reduzindo as crises de alergia.
– Mudanças no estilo de vida: evitar o contato com os alérgenos, manter a casa limpa e livre de poeira e ácaros, e usar um purificador de ar podem ajudar a prevenir crises alérgicas.
Como prevenir as alergias?
Embora nem sempre seja possível prevenir as alergias, algumas medidas podem ajudar a reduzir o risco de desenvolvê-las ou de o paciente ter crises.
Estudos indicam que a amamentação durante pelo menos seis meses pode reduzir o risco de alergias em bebês. Já o tabagismo representa um fator de risco para o desenvolvimento de reações alérgicas. Dessa forma, não fumar representa uma medida eficaz de prevenção.
Veja outros fatores importantes:
- Manter a casa limpa: medidas simples como aspirar regularmente tapetes e estofados, lavar roupas de cama em água quente e controlar a umidade do ar podem ajudar a reduzir a quantidade de ácaros e outros alérgenos dentro de casa.
- Mudanças no ambiente doméstico, como a remoção de carpetes e cortinas que acumulam poeira, uso de capas antiácaros em colchões e travesseiros, e manutenção regular de eletrodomésticos.
- Identificar e evitar gatilhos alimentares: se você suspeita de alergia alimentar, converse com um médico para realizar testes diagnósticos e identificar os alimentos que devem ser evitados.
- Consultas médicas e exames de rotina: o acompanhamento médico é fundamental para o controle das alergias, avaliação dos sintomas, identificação precoce de possíveis complicações e início do tratamento adequado.
Mais qualidade de vida para os pacientes
As alergias, apesar de incômodas, não precisam limitar a vida do paciente. Com o diagnóstico correto e o tratamento adequado, é possível controlar os sintomas e desfrutar de uma vida plena e saudável.
Siga sempre as orientações do seu médico e sempre busque ajuda profissional caso tenha dúvidas ou perceba agravamento dos sintomas.
A alergia é uma doença que pode surgir na infância ou na fase adulta, portanto, o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz são essenciais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Para pessoas com alergias alimentares, é fundamental ler atentamente os rótulos dos alimentos e estar ciente dos ingredientes que podem causar reações. Também é aconselhável evitar a ingestão de alimentos processados, que podem conter traços de alérgenos.
Compreender as causas da alergia, os sintomas e buscar tratamento adequado é fundamental para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. É possível controlar e minimizar os impactos das alergias na vida dos pacientes e seus familiares.
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- Telefone da Emergência: (92) 2125-5999
Referências:
Ministério da Saúde: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/82alergias.html
Governo federal: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2024/julho/alergia-saiba-como-se-cuidar-e-os-tratamentos-oferecidos-pelo-sus
Organização Pan-Americana de Saúde: https://www.paho.org/pt/documentos/que-devo-saber-sobre-alergias-alimentares